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PF prende no Estado membro de grupo internacional de pedofilia na web

Há 8 anos


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A Polícia Federal deflagrou no Espírito Santo, na manhã desta quarta-feira (05), a operação Save, de combate ao compartilhamento de fotos e vídeos de exploração sexual de crianças. Seis homens foram presos em flagrante por posse dessas imagens. Eles também são suspeitos de espalhar esses arquivos pela internet.

Um dos presos era membro de um grupo internacional de WhatsApp desarticulado pela Interpol da Espanha em 2016. O grupo espalhava arquivos de sexo explícito com crianças e adolescentes e tinha investigados da América do Sul, América Central e na Europa. Um dos alvos é capixaba.

A Polícia cumpriu também 9 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal. Segundo o delegado da PF, Leonardo Rabello a investigação teve início a partir das informações da Interpol sobre a ação desse grupo internacional. Os outros presos não têm ligação com o grupo, mas foram descobertos pelo monitoramento da Polícia.

"Em 2016 nós tivemos essa operação internacional onde foi encontrado esse grupo internacional que fazia o compartilhamento em países da Europa, da América Central e da América do Sul. O alvo brasileiro estava aqui no Espírito Santo. Tão logo recebemos essa informação da Interpol, fizemos uma investigação muito célere, que terminou com a prisão do investigado hoje", conta.

As investigações que levaram a detenção do membro do grupo internacional e dos outros cinco suspeitos começaram em março. Os locais das prisões foram em Cariacica, Serra, Vitória e Guarapari, na região da Grande Vitória. A PF não divulgou o nome, a idade exata ou profissão dos suspeitos, mas informou que tratam de homens de classe média e classe baixa, com idade entre 30 e 40 anos.

CRIMES

Além do porte, os investigados vão responder pelo crime de compartilhamento de arquivos contendo exploração sexual de crianças e adolescentes. Para Rabello, não há dúvida de que eles são também responsáveis por espalhar essas imagens na internet.

"As nossas provas são muito consistentes a medida que nós conseguimos com base nas provas iniciais coletadas. A importância do trabalho hoje foi identificar a autoria desses crimes, desses acessos, desses compartilhamentos. Eram muitos compartilhamentos. Conseguimos prender quem mais compartilhava essas imagens no Espírito Santo", comenta. Pelos dois crimes, caso sejam condenados, os presos podem pegar uma pena entre 4 a 10 anos de prisão.