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PF quer Youssef e outros doleiros em presídio federal

Há 11 anos


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BRASÍLIA - A Polícia Federal pediu nesta quinta-feira a transferência de Alberto Youssef e mais dois doleiros investigados na Operação Lava Jato para o presídio federal de Catanduvas (PR). A polícia pediu ainda que a doleira Nelma Mitsue Penasso Kodama e os outros dez presos sejam levados para presídios estaduais. Na próxima semana, o delegado Márcio Anselmo deve concluir pelo menos um dos inquéritos sobre os crimes de lavagem, evasão de divisão e corrupção, entre outros crimes investigados.

Caberá a Justiça Federal decidir se autoriza ou não a retirada dos presos, que estão detidos na carceragem da Superintendência da PF em Curitiba. A polícia pediu a transferência dos doleiros Youssef, Carlos Habib Chater e Raul Henrique Srour para o presídio de segurança máxima de Catanduvas por medida de segurança. A polícia argumenta que os três detém grande volume de informações importantes para as investigações em curso e devem ser preservados de qualquer pressão externa.

A polícia argumenta ainda que outros presos reclamaram dos doleiros. A PF queria mandar Nelma Kodama para Catanduvas, mas desistiu da ideia porque o presídio não tem ala para abrigar mulheres. Entre os presos que podem ser levados para um dos presídios administrado pelo governo do Paraná está o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, detido dia 20 de março. Segundo um policial, a PF também reforçou a equipe de investigação. Quatro delegados teriam sido destacados para cuidar do caso.

Na segunda-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, criou uma força tarefa com seis procuradores para reforçar as investigações da Lava Jato. Pelas informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os grupos vinculados aos quatro doleiros investigados na operação movimentaram de forma suspeita aproximadamente R$ 10 bilhões nos últimos anos.