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Vitória tem ato de trabalhadores contra a reforma da previdência

Há 8 anos


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Por volta das 8h15, os manifestantes iniciaram uma passeata em direção ao aeroporto de Vitória, no sentido Serra. Ato de policiais também ocorre em frente à Assembleia.

Manifestantes se reuniram na Praça de Goiabeiras, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (15) para um ato contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). O evento é organizado por sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT-ES).

Por volta das 8h15, os manifestantes iniciaram uma passeata em direção ao aeroporto de Vitória, no sentido Serra. O ato ocupou as pistas da Avenida Fernando Ferrari. A organização informou que 6 mil pessoas participam da manifestação. Já a Polícia Militar disse que ainda não fez a contagem.

O movimento faz parte do Dia Nacional de Paralisação, que também irá acontecer simultaneamente em outros Estados. Trabalhadores da construção civil ligados a Sintraconst, professores sindicalizados no Sindiupes, servidores públicos do Sindisaúde e vendedores filiados ao Sindicomerciários também devem aderir ao movimento e paralisar suas atividades durante o dia.

De acordo com a CUT, a categoria dos professores é uma das mais prejudicadas com as propostas da nova regra de previdência.

"Somos contra a reforma da previdência e contra a retirada de direitos dos trabalhadores. A manifestação tem como objetivo mostrar para a população que o que está sendo proposto não é uma reforma, é praticamente o enterro da previdência", afirma a secretária de administração e finanças da CUT, Clemilde Cortes.

Policiais também vão aderir ao movimento

Os sindicatos dos policiais civis (Sindipol), dos policiais federais (Sinpef), dos policiais rodoviários federais (SINPRF) e dos delegados da polícia federal (ADPF) também se manifestam contra a reforma da previdência. O ato, que é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB–ES) é realizado em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.

"Essa proposta não é de reforma, é de liquidação da aposentadoria. A média de expectativa dos policiais, segundo dados da FGV, é de 59 anos. Dizer que o policial tem que se aposentar aos 65, é botar o policial até morrer. Não queremos ser tratados como diferentes, mas não se pode ignorar que a nossa atividade é de risco. Enquanto todos correm do perigo, o policial corre para o perigo. Não se pode privatizar a segurança pública. A culpa do rombo é dos corruptos, não dos trabalhadores", afirmou o presidente do Sindipol, Jorge Emilio Leal.

Jorge Emilio Leal, presidente do Sindipol

Foto: Rafael Silva

Quem também reclama da reforma da previdência é o diretor intersindical do Sinpef (policiais federais), Fabrício Sabaini. "Os policiais estão dispostos a dar a sua contribuição para a reforma, mas é preciso ter um debate mais amplo. Da forma como a proposta foi colocada nossa categoria não vai aceitar. Caso seja aprovada a PEC da reforma como está, não está descartada a possibilidade de uma greve geral da segurança publica em todo o pais".

Fabrício Sabaini, diretor intersindical do Sinpef

Foto: Rafael Silva

Dentro do ato, que é nacional, também será realizada um assembleia para debater uma paralisação unificada de policiais federais, policiais civis, peritos criminais federais, policiais rodoviários federais e delegados federais.

Com informações de Diony Silva e Rafael Silva