Vitória tem ato de trabalhadores contra a reforma da previdência
Ouvir texto
Parar
Por volta das 8h15, os manifestantes iniciaram uma passeata em direção ao aeroporto de Vitória, no sentido Serra. Ato de policiais também ocorre em frente à Assembleia.
Manifestantes se reuniram na Praça de Goiabeiras, em Vitória, na manhã desta quarta-feira (15) para um ato contra as reformas da Previdência e Trabalhista propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB). O evento é organizado por sindicatos filiados à Central Única dos Trabalhadores (CUT-ES).
Por volta das 8h15, os manifestantes iniciaram uma passeata em direção ao aeroporto de Vitória, no sentido Serra. O ato ocupou as pistas da Avenida Fernando Ferrari. A organização informou que 6 mil pessoas participam da manifestação. Já a Polícia Militar disse que ainda não fez a contagem.
O movimento faz parte do Dia Nacional de Paralisação, que também irá acontecer simultaneamente em outros Estados. Trabalhadores da construção civil ligados a Sintraconst, professores sindicalizados no Sindiupes, servidores públicos do Sindisaúde e vendedores filiados ao Sindicomerciários também devem aderir ao movimento e paralisar suas atividades durante o dia.
De acordo com a CUT, a categoria dos professores é uma das mais prejudicadas com as propostas da nova regra de previdência.
"Somos contra a reforma da previdência e contra a retirada de direitos dos trabalhadores. A manifestação tem como objetivo mostrar para a população que o que está sendo proposto não é uma reforma, é praticamente o enterro da previdência", afirma a secretária de administração e finanças da CUT, Clemilde Cortes.
Policiais também vão aderir ao movimento
Os sindicatos dos policiais civis (Sindipol), dos policiais federais (Sinpef), dos policiais rodoviários federais (SINPRF) e dos delegados da polícia federal (ADPF) também se manifestam contra a reforma da previdência. O ato, que é organizado pela União dos Policiais do Brasil (UPB–ES) é realizado em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo.
"Essa proposta não é de reforma, é de liquidação da aposentadoria. A média de expectativa dos policiais, segundo dados da FGV, é de 59 anos. Dizer que o policial tem que se aposentar aos 65, é botar o policial até morrer. Não queremos ser tratados como diferentes, mas não se pode ignorar que a nossa atividade é de risco. Enquanto todos correm do perigo, o policial corre para o perigo. Não se pode privatizar a segurança pública. A culpa do rombo é dos corruptos, não dos trabalhadores", afirmou o presidente do Sindipol, Jorge Emilio Leal.
Jorge Emilio Leal, presidente do Sindipol
Foto: Rafael Silva
Quem também reclama da reforma da previdência é o diretor intersindical do Sinpef (policiais federais), Fabrício Sabaini. "Os policiais estão dispostos a dar a sua contribuição para a reforma, mas é preciso ter um debate mais amplo. Da forma como a proposta foi colocada nossa categoria não vai aceitar. Caso seja aprovada a PEC da reforma como está, não está descartada a possibilidade de uma greve geral da segurança publica em todo o pais".
Fabrício Sabaini, diretor intersindical do Sinpef
Foto: Rafael Silva
Dentro do ato, que é nacional, também será realizada um assembleia para debater uma paralisação unificada de policiais federais, policiais civis, peritos criminais federais, policiais rodoviários federais e delegados federais.
Com informações de Diony Silva e Rafael Silva